Vale de Almeida, o PS e o PSOE
Miguel Vale de Almeida, antopólogo e ex-dirigente do Bloco de Esquerda (ok, o Bloco não tem dirigentes...), escreveu no seu blogue e disse ao Expresso que já não era militante do partido. No semanário, propôs uma tese que não me parece viável. Segundo MVA, o BE podia exercer sobre o PS uma pressão que levasse este a aproximar-se da orientação política do PSOE. Não creio. Isto porque, apesar de o BE ter vindo a crescer, o PS têm-se tornado mais um partido colado à "terceira via", à orientação Realpolitik (i.e., do pragmatismo político e não dos valores), em suma, à direita, e não faz tenção de corrigir o rumo. (Veja-se a atitude de "é a vida" como este governo olha o Estado, a economia e as causas sociais.)
O crescimento do Bloco acompanhou o crescimento do PS sem o influenciar politicamente, para grande pena minha. Aliás, creio que os 20% de votos em Alegre revelam que, após as eleições legislativas, os simpatizantes do PS de esquerda não se revêm no PS de Sócrates. Trata-se de 20% dos vontantes que hesitarão muito em quem escolher nas próximas eleições.
Sim, gostava que o PS se afinasse ideologicamente pelo diapasão do PSOE, mas, helas!, são os Trabalhistas ingleses e os Democratas americanos que lhe servem de modelo.
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