A "aurea mediocritas"
Depois duma longa ausência destas lides, ao reflectir sobre um comentário da senhora outrora pássaro (acho que respiguei esta nova tradução na dama) à ideia de que a televisão era o ópio do povo (perdoe o caro sr. Pereira estar eu sempre a aureolar os comentários) que catapultou esta reflexão acerca da mediania dourada ou popular. O que é verdade é que nos queixamos muito (o plural majestático é figura de estilo, sou eu que me queixo) a propósito da mediocridade mas, e nisso não parece haver muita dúvida, ela sempre existiu.
Racionalizamos que após o iluminismo e aquele célebre projecto de “fazer sair o homem da menoridade” teríamos, não tardava um segundo, um homem novo, mais culto, mais civilizado e, a história dava-nos essa lição, o ser humano do século seguinte não parava de atirar achas para a fogueira. É sem sombra de dúvida que as duas guerras chamadas mundiais vieram arrefecer o fogacho com o conjunto de horrores que, ainda hoje, guardamos dentro da memória.
Mas, porém, o plano parecia inclinado e por mais que déssemos dois passos atrás para dar um na ladeira, chegar ao cimo parecia-nos uma inevitabilidade tão grande quanto Sísifo conseguir chegar com a pedra ao cimo do monte e concluíamos, dum modo natural, era da natureza humana o aperfeiçoar-se.
Mas perguntam-me agora: e depois? Depois o que podemos concluir é que a filosofia e a ciência ainda não captaram eficientemente a essência da natureza humana e, por essa razão, nada podemos fazer a não ser lastimar a “dona mediocridade”.
É estranho, mas, não percebo porquê, tenho um impulso, à maneira freudiana, que me compulsa a falar dos deputados. Ele há coisas…
Racionalizamos que após o iluminismo e aquele célebre projecto de “fazer sair o homem da menoridade” teríamos, não tardava um segundo, um homem novo, mais culto, mais civilizado e, a história dava-nos essa lição, o ser humano do século seguinte não parava de atirar achas para a fogueira. É sem sombra de dúvida que as duas guerras chamadas mundiais vieram arrefecer o fogacho com o conjunto de horrores que, ainda hoje, guardamos dentro da memória.
Mas, porém, o plano parecia inclinado e por mais que déssemos dois passos atrás para dar um na ladeira, chegar ao cimo parecia-nos uma inevitabilidade tão grande quanto Sísifo conseguir chegar com a pedra ao cimo do monte e concluíamos, dum modo natural, era da natureza humana o aperfeiçoar-se.
Mas perguntam-me agora: e depois? Depois o que podemos concluir é que a filosofia e a ciência ainda não captaram eficientemente a essência da natureza humana e, por essa razão, nada podemos fazer a não ser lastimar a “dona mediocridade”.
É estranho, mas, não percebo porquê, tenho um impulso, à maneira freudiana, que me compulsa a falar dos deputados. Ele há coisas…
4 Comments:
Concordo. A mediocridade sempre existiu. Mas também me parece que, nos últimos anos, de mãos dadas com a mediocridade anda a falta de memória.
Cumprimentos xor z.
É bom saber que o seu blog continua produtivo de ideias.
Caro rbf
Obrigado pelo seu comentário mas a alma deste projecto é, como sabe, o Alexandre. Por essa razão presumo que aquilo que diz se estende a ele.
Mande sempre.
Cara senhora pássaro em outra encarnação
Não sei se os problemas de memória também são de todos os tempos. Mas essa investigação é, como deve saber, muito mais delicada.
Mande sempre.
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