Combater causas
Cavaco Silva vetou a lei da paridade. O facto não me entristece sobremaneira porque sempre pensei que o sistema de quotas se adequasse a casos de exclusão social e, por conseguinte, se tentasse remediar determinadas malformações na sociedade. Deste modo, concedo que haja regime de quotas para deficientes, por exemplo, porque estes estão excluídos do tecido social ou, ainda, para outros casos similares.
Aliás, uma das razões, a única diga-se de passagem que me convence, para o veto prende-se mesmo com a ideia que o sistema de quotas coloca o sexo feminino numa posição de menoridade.
Todos nós sabemos que em Portugal, em 32 anos de democracia, apenas tivemos uma primeiro-ministro (Maria de Lurdes Pintassilgo) e que os sistemas reprodutivos do poder privilegiam o sexo masculino. Tudo isto é verdade e é isto que se deve tentar alterar.
Por esse motivo, e esta razão parece calar fundo, em vez de se minorar os efeitos, como a lei da paridade fazia, o fundamental é combater-lhe as causas embora, já estou a ouvir alguém a dizer, esse processo de mudança de mentalidades, como todos os processos de mutação de mentalidades, prometa ser longo e a lei da paridade seria uma medida curativa provisória. Talvez sim, concedo, mas sempre com carácter transitório, o que não me parecia ser o espírito da lei.
O estudo destas causas teria que ser propedêutico a qualquer medida que se viesse a desenvolver e seria, na minha opinião, a única forma de obviar à questão.
Aliás, uma das razões, a única diga-se de passagem que me convence, para o veto prende-se mesmo com a ideia que o sistema de quotas coloca o sexo feminino numa posição de menoridade.
Todos nós sabemos que em Portugal, em 32 anos de democracia, apenas tivemos uma primeiro-ministro (Maria de Lurdes Pintassilgo) e que os sistemas reprodutivos do poder privilegiam o sexo masculino. Tudo isto é verdade e é isto que se deve tentar alterar.
Por esse motivo, e esta razão parece calar fundo, em vez de se minorar os efeitos, como a lei da paridade fazia, o fundamental é combater-lhe as causas embora, já estou a ouvir alguém a dizer, esse processo de mudança de mentalidades, como todos os processos de mutação de mentalidades, prometa ser longo e a lei da paridade seria uma medida curativa provisória. Talvez sim, concedo, mas sempre com carácter transitório, o que não me parecia ser o espírito da lei.
O estudo destas causas teria que ser propedêutico a qualquer medida que se viesse a desenvolver e seria, na minha opinião, a única forma de obviar à questão.
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