“Coimbra, 4 de Setembro de 1956”
« Há em mim uma raiz anarquista que me não deixa tolerar o poder. Sou contra ele porque degrada tudo: quem o exerce e quem o tolera. Corre-se o país de alto a baixo, e que tristeza de paisagem humana! A rasoira da mediocridade nivelou a seara numa pequenez outoniça. Não se ouve uma voz singular no murmúrio colectivo, nenhum grito se sobrepõe ao coaxar monótono do charco. (…) »
Miguel Torga, Diário, vol VII.
Miguel Torga, Diário, vol VII.
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