"S. João da Pesqueira, 23 de Agosto de 1979"
« Olho mais uma vez de um dos seus altos mirantes este meu Doiro, único rio emblemático de Portugal, e a sucessão tumultuosa de montes que vai sulcando. E dou íntimas graças ao destino por me ter feito nascer num cenário assim, tão naturalmente grandioso e onde tão naturalmente me sinto poeta. Não há bardo sem palco próprio. O meu não podia ser outro. A minha voz é também uma levada barrenta de esperança que tenta rasgar e reflectir a tormentosa ortografia da vida. »
Miguel Torga, Diário, vol. XIII.
Miguel Torga, Diário, vol. XIII.
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