Se os podemos dispensar uns dias...
Como é do conhecimento geral os deputados, com o seu afã usual, fecharam a tasca na quarta-feira e decidiram ir “laurear a pevide”. É verdade que estamos na época pascal e todos têm direito a umas pequenas férias, mas a tolerância para a função pública não começava apenas depois do almoço de quinta-feira?
Certamente, dentre os oito leitores que lêem estes meus desabafos um, mais perspicaz ou mais atento, já terá meditado que a função legislativa ficou suspensa durante quatro dias (assumo que na segunda-feira já se encontrem no seu posto, o que não é líquido, nem procurei averiguar), uma verdadeira eternidade para uma função nuclear neste país.
Esta situação faz-me vir à memória a “expedição” que, uns anos a esta parte, fiz ao hemiciclo (chamo-lhe expedição porque isto é o mesmo que ir ver a bicharada a África). Ora bem, nesta visita o que se me deparou foi representantes da nação que entravam no Parlamento assinavam um livro (de presenças, suponho) e se punham na alheta, enquanto outros faziam todo o tipo de actividades (falar, ler, rir, etc.) durante um discurso dum seu colega acerca de (bem, não me lembro já qual era o assunto) em claro desrespeito por outros colegas de profissão (profissão aqui é verdadeiramente um mero eufemismo).
Por fim, faço votos que as deslocações “à santa terrinha” destes representantes das províncias (província, o que é isso?) não sejam asseguradas à conta das “famigeradas” ajudas de custo que é o mesmo que dizer, de todos nós.
Certamente, dentre os oito leitores que lêem estes meus desabafos um, mais perspicaz ou mais atento, já terá meditado que a função legislativa ficou suspensa durante quatro dias (assumo que na segunda-feira já se encontrem no seu posto, o que não é líquido, nem procurei averiguar), uma verdadeira eternidade para uma função nuclear neste país.
Esta situação faz-me vir à memória a “expedição” que, uns anos a esta parte, fiz ao hemiciclo (chamo-lhe expedição porque isto é o mesmo que ir ver a bicharada a África). Ora bem, nesta visita o que se me deparou foi representantes da nação que entravam no Parlamento assinavam um livro (de presenças, suponho) e se punham na alheta, enquanto outros faziam todo o tipo de actividades (falar, ler, rir, etc.) durante um discurso dum seu colega acerca de (bem, não me lembro já qual era o assunto) em claro desrespeito por outros colegas de profissão (profissão aqui é verdadeiramente um mero eufemismo).
Por fim, faço votos que as deslocações “à santa terrinha” destes representantes das províncias (província, o que é isso?) não sejam asseguradas à conta das “famigeradas” ajudas de custo que é o mesmo que dizer, de todos nós.
1 Comments:
E ainda assim, lê-se por aí que foi vergonhoso tratar-se o assunto como se tratou.
E fiquei abismada com a história de que as faltas só são marcadas quando não há quorum. Desculpem? Anda o pessoal todo a picar o ponto e no parlamento as faltas só são contabilizadas se arriscarem as votações? Mas então, se as decisões podem ser feitas pela metade, reduza-se o número de criaturas no hemiciclo (contenção de despesas, certo?).
Quanto às ajudas de custo... bem, sem comentários.
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