segunda-feira, maio 22, 2006

'Arthur & George', de Julian Barnes


Evoco hoje brevemente o nome de Arthur Conan Doyle por duas razões. A primeira diz respeito ao aniversário do nascimento do autor, que hoje se assinala - Doyle nasceu a 22 de Maio de 1859. A segunda, porque ando a ler o romance de Julian Barnes, Arthur & George, e a narrativa não está a encher-me as medidas.
Os romances e contos de Barnes agradam-me de sobremaneira. No entanto, Arthur & George está, a meu ver, vários furos abaixo de Flaubert's Parrot, Talking it over, Channel Crossing et alia. Dos dois terços do livro que li, assisti à narração (pseudo-)biográfica do percurso de Doyle até ao sucesso literário e social e, em paralelo, ao relato da vida do advogado mestiço George Edalji, que é perseguido por racistas anónimos e incriminado por um delito que, aparentemente, não cometeu. A escrita de Barnes continua apetecível e, aqui e ali, surpreendente. Mas a sua arte de narrar não aparece aqui no fulgor que já lhe encontrei. Deixo esta ideia impressiva sem fundamentar. Mas este post não pretende ser uma página de crítica literária.