"Coimbra, 26 de Abril de 1988"
« Falávamos do descalabro nacional. Mas, diante das minhas desalentadas futurações, interrompeu subitamente a conversa, com a afirmação peremptória de que nunca faltaria à pátria quem lhe regasse as flores. E deixei-o ir, repeso do meu descoroçoamento. Não há lucidez que tenha o direito de contrariar uma alma transportada de fé. A vida não presta sem milagres. E para os haver é necessário que alguém acredite neles.»
Miguel Torga, Diário, vol. XV.
Miguel Torga, Diário, vol. XV.
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