"Coimbra, 24 de Julho de 1942"
«Ninguém tem qualquer interesse em saber isto; mas se eu tivesse de me confessar socialmente, a síntese do meu desespero era esta: que cheguei, em matéria de descrença no homem, à saturação.
E, contudo, este perdido, este condenado, merece-me uma ternura tal que não há tolice que faça, asneira que invente, mentira que diga que me deixem indiferente. Tenho por força de olhar, reparar, ouvir, e comentar com toda a paixão de que sou capaz. »
Miguel Torga, Diário, vol. II.
E, contudo, este perdido, este condenado, merece-me uma ternura tal que não há tolice que faça, asneira que invente, mentira que diga que me deixem indiferente. Tenho por força de olhar, reparar, ouvir, e comentar com toda a paixão de que sou capaz. »
Miguel Torga, Diário, vol. II.
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