Tudo em polvorosa
Uma pergunta me tem inquietado estes últimos dias: porque será que todos os países lusófonos atravessam convulsões graves algum tempo após a sua independência? Será uma característica idiossincrásica lusa esta fatalidade de irmos semear violência pelas cinco partes do mundo ou haverá uma resposta plausível para este fenómeno.
Se bem se lembram foi o caso de Angola. Inventou-se a desculpa do petróleo e dos diamantes e dos grandes interesses económicos e políticos (era ainda a guerra fria). Moçambique passou por convulsões mais ou menos idênticas e era a guerra fria e eram os partidos e as lutas tribais, já não tenho memória que chegue para recordar outras causas.
Uns anos depois foi o caso da Guiné e aí ninguém se deu ao trabalho de inventar desculpas a não ser que o homem era licenciado em filosofia e, por essa razão, quase encartado de louco.
É agora o caso de Timor. Eu sei que o petróleo há-de vir à baila e a permanência indonésia, a Austrália e os seus sonhos de potência regional e mil outras desculpas que nos aliviem a consciência e nos façam sentir bem em relação aos outros.
Já estou a ouvir alguém dizer que a França teve a Argélia, o Vietname, os EUA a Coreia e o Vietname, a Inglaterra… mas chega porque isto não é mais do que outra forma de aplacar o remorso.
Se virmos bem só S. Tomé e Príncipe escapou a esta onda de impetuosidade se tivermos em conta a forte ligação que existia entre a Guiné e Cabo Verde.
Será uma característica nossa, endémica, de deixarmos tudo em polvorosa?
Se bem se lembram foi o caso de Angola. Inventou-se a desculpa do petróleo e dos diamantes e dos grandes interesses económicos e políticos (era ainda a guerra fria). Moçambique passou por convulsões mais ou menos idênticas e era a guerra fria e eram os partidos e as lutas tribais, já não tenho memória que chegue para recordar outras causas.
Uns anos depois foi o caso da Guiné e aí ninguém se deu ao trabalho de inventar desculpas a não ser que o homem era licenciado em filosofia e, por essa razão, quase encartado de louco.
É agora o caso de Timor. Eu sei que o petróleo há-de vir à baila e a permanência indonésia, a Austrália e os seus sonhos de potência regional e mil outras desculpas que nos aliviem a consciência e nos façam sentir bem em relação aos outros.
Já estou a ouvir alguém dizer que a França teve a Argélia, o Vietname, os EUA a Coreia e o Vietname, a Inglaterra… mas chega porque isto não é mais do que outra forma de aplacar o remorso.
Se virmos bem só S. Tomé e Príncipe escapou a esta onda de impetuosidade se tivermos em conta a forte ligação que existia entre a Guiné e Cabo Verde.
Será uma característica nossa, endémica, de deixarmos tudo em polvorosa?
2 Comments:
"Será uma característica idiossincrásica lusa esta fatalidade de irmos semear violência pelas cinco partes do mundo "???????????????????? Nós??? Ou eles? Basta ver que enquanto o domínio foi português isso não se verificou....Nós, tarde demais, permitimos a auto determinação desses povos...Como é evidente, melhor teria sido (sobretudo para os Angolanos vítimas de um regime cleptomaníaco e para os Guineenses, com tribalismos difíceis) uma confederação de Estados...
Pois, pois, caro anónimo.
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