Biblioteca livre ou Biblioteca livros?
Quem depois de deixar para trás a Alameda da Universidade em direcção a Entrecampos aborda a Biblioteca Nacional depara-se com um letreiro onde aparece a seguinte inscrição: Biblioteca Nacional – Livre.
Qualquer mortal ficaria tomado de espanto porque aquilo que se aguardaria seria Biblioteca Nacional – Livros. Mas, aquilo que é uma realidade é que desde o ano de 2005 essa instituição passou a ter um parque de estacionamento que não se destina, como era de regra, aos funcionários e leitores, mas, num impulso economicista, a todos aqueles que, tendo cabedal, fazem dele o pousio das suas viaturas.
A primeira pergunta que nos ocorre é se uma instituição pública pode tomar este tipo de atitude? Já estou a ver os hospitais e estabelecimentos de ensino público a fazerem exactamente o mesmo com o fito de cativarem receitas e, então, como será? E quando os tribunais e outras entidades públicas forem na mesma senda? Nesse caso alguém irá fazer alguma coisa?
Qualquer mortal ficaria tomado de espanto porque aquilo que se aguardaria seria Biblioteca Nacional – Livros. Mas, aquilo que é uma realidade é que desde o ano de 2005 essa instituição passou a ter um parque de estacionamento que não se destina, como era de regra, aos funcionários e leitores, mas, num impulso economicista, a todos aqueles que, tendo cabedal, fazem dele o pousio das suas viaturas.
A primeira pergunta que nos ocorre é se uma instituição pública pode tomar este tipo de atitude? Já estou a ver os hospitais e estabelecimentos de ensino público a fazerem exactamente o mesmo com o fito de cativarem receitas e, então, como será? E quando os tribunais e outras entidades públicas forem na mesma senda? Nesse caso alguém irá fazer alguma coisa?
Não queríamos terminar este desabafo sem notificar que os preços do estacionamento na Biblioteca Nacional são mais elevados que os praticados nos parquímetros da Câmara.
10 Comments:
Momento de humilhação pública: durante muito tempo pensei que a placa "livre" significava que os parques de estacionamento eram grátis!Isto só pode provar a pureza do meu ser, o desprendimento dos bens materiais, a total ausência de noções de capitalismo. Enfim, sou um anjo. Ou uma naba.
A Sr.ª Flor dos Alpes anda lá fora a lutar pela vida e não se apercebeu (nem tinha que se aperceber) que o estacionamento pago da BN é um fenómeno recente. No tempo em que vivia aqui no terrunho, significava, de facto, grátis.
Comentando o assunto em questão, só me ocorre uma ideia: cada medida que dificulte o acesso do público à cultura, ao saber, à investigação representa um pequeno passo atrás no nosso avanço para a civilização.
Sr Alexandre, longe de mim contrariá-lo, mas estacionamento "livre" sempre foi o contrário de estacionamento "completo", na BN ou no El Corte Ingles.
Já agora, gostava de acrescentar que podem sempre ir de metro, fazem exercício e poupam uns cêntimozitos.E são amigos do ambiente, claro.
Gerou-se um equívoco com as minhas palavras, que não eram de ataque. Mea culpa! Claro que estacionamento livre se opõe a estacionamento completo. Mas, no seu primeiro comentário, a Srª Edelweiss explorava (e bem) a ambiguidade da palavra "livre" neste contexto: livre = grátis e livre = com espaços vagos.
Equívoco desfeito.
Que a força esteja consigo... e os chocolates suíços também!
Cara flor dos alpes
A placa a que me refiro, de fundo azul, foi posta o ano passado por ocasião do evento que se dá nota. Confesso que já não me lembro se existia uma placa anterior nem o que dizia.
Mais uma vez a despropósito do debate, mas a título de exemplo da possibilidade duma cultura de participação e abertura, permitam-me que chame a vossa atenção para o site do Elephants Dream [http://orange.blender.org]:
"the world’s first open movie, made entirely with open source graphics software [...], and with all production files freely available to use however you please, under a Creative Commons license".
Isto é que é a cultura livre...
Miguel A.
Morreu o Syd Barrett, o único elemento verdadeiramente interessante dos Pink Floy...
http://news.bbc.co.uk/1/hi/entertainment/5169344.stm
Miguel A.
Barrett is dead. Long live the Floyds!
Se quiseres escrever um post sobre os fluídos cor-de-rosa ou sobre o Barrett, nós agradecemos e afixamo-lo (dando-te os créditos), Miguel.
Caro Miguel
Obrigado pelas suas indicações e quanto ao Syd Barrett partilho da sua opinião, aliás o primeiro disco escrito e composto por ele continua a ser um protento. Faço minhas as palavras do Alexandre: escrreva qualquer coisa sobre o homem.
Com o atraso devido -- afinal estamos no Verão e em Portugal -- venho publicamente confessar a minha falta de inspirição para responder ao solicitado.
Mas para que não fique o mote sem resposta, aqui fica a do próprio Fluido Cor-de-rosa, no adequado espírito psicadélico-progressivo:
Shine On You Crazy Diamond
Remember when you were young, you shone like the sun.
Shine on you crazy diamond.
Now there's a look in your eyes, like black holes in the sky.
Shine on you crazy diamond.
You were caught on the crossfire of childhood and stardom,
blown on the steel breeze.
Come on you target for faraway laughter,
come on you stranger, you legend, you martyr, and shine!
You reached for the secret too soon, you cried for the moon.
Shine on you crazy diamond.
Threatened by shadows at night, and exposed in the light.
Shine on you crazy diamond.
Well you wore out your welcome with random precision,
rode on the steel breeze.
Come on you raver, you seer of visions,
come on you painter, you piper, you prisoner, and shine!
Miguel A.
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