Esparsa ao desconcerto do mundo
Os bons vi sempre passar
no mundo graves tormentos;
e, pera mais me espantar,
os maus vi sempre nadar
em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
o bem tão mal ordenado,
fui mau; mas fui castigado.
Assim que só pera mim
anda o mundo concertado.
Camões
4 Comments:
Olá Alexandre... desculpe o agradecimento tardio. No fundo não há desculpa alguma para o atraso (há que ser sincera).
De qualquer maneira, é uma honra ter um comentário no meu singelo blog, de um blogger tão profissional (e quase me arriscaria a dizer famoso, se formos a avaliar pelos seus múltiplos leitores!).
Percebo que não goste do meu segundo blog. Tenho consciencia de que é, ou pode parecer, de um fundamento absolutamente fútil, mas, tal como o Alexandre disse, cada um tem as suas manias e a minha, confesso, passa por gastar algumas dezenas de euros em roupa e nas determinadas revistas femininas (que nada mais são do que as herdeiras dos catálogos de moda e beleza, que já datam do século XVIII).
Já agora aproveito também para dar os parabéns pela escolha fantástica do poema, visto não ser apenas sobre um tema sempre catualizado - e momentaneamente tão aplicável - como é também uma obra prima do pai da poesia portuguêsa: Luís de Camões. (à propos: é também um dos meus predilectos)
Com os melhores cumprimentos:
Joana Oliveira Pinto
Obrigado pelo comentário, Joana.
Tens toda a razão: tu fazes os blogues que queres e ninguém tem nada a ver com isso. Acho óptimo que tenhas ambos os blogues. Um deles é, para mim (só para mim!), mais interessante que o outro. Não devia ter falado na futilidade do tema do "Fashion it". Foi tolice minha. Sobretudo porque o "Fashion it" se tornou mais informativo, analítico e até crítico do que quando eu o vi inicialmente.
Embora este não seja o espaço, faço aqui a pergunta: já sabes se vais estudar para Inglaterra? Espero bem que sim.
Um grande abraço ao João, outro ao Alberto e um beijinho à Ana. Um beijinho para ti.
Alexandre
P.S. Vou deixar este post de expiação no "Fashion it".
Alexandre:
(Não tem nada a ver com o intercâmbio com a Joana).
É só para deixar, em jeito de contra-mote, os versos dum anónimo inglês da idade média que encontrei num dos papers da minha tese:
The law locks up the man or woman
Who steals the goose from off the common
But leaves the greater villain loose
Who steals the common from off the goose.
The law demands that we atone
When we take things we do not own
But leaves the lords and ladies fine
Who take things that are yours and mine.
The poor and wretched don't escape
If they conspire the law to break;
This must be so but they endure
Those who conspire to make the law.
The law locks up the man or woman
Who steals the goose from off the common
And geese will still a common lack
Till they go and steal it back.
Anonymous
Abraço,
Miguel
Miguel: gostei muito do poema. Com a tua autorização, que será tácita, vou afixá-lo como post.
Continua a vir visitar-nos... e, se quiseres escrever alguma coisa, eu afixo.
Abraço.
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