O oráculo da economia lusa
O oráculo da economia lusa, o Banco de Portugal fez saber, pela voz do seu governador, que o país iria crescer 1,8 %, neste ano de 2007, embora muito abaixo da média europeia, e o consumo privado 1,5 %. De imediato, as empresas de comunicação social e certos blogs da esquerda fingida matraquearam e repetiram até ao enjoo as grandes previsões do sacrossanto oráculo. Portugal, este jardim à beira-mar plantado, teria, neste ano de 2007, um florescimento económico por obra e graça do grande timoneiro Engenheiro José Sócrates, esse socialista que se prepara para oferecer de bandeja as acções que o estado tem na PT à sonae.com. Parece estranho, mas da boca do governador não se ouvira nem uma única palavra sobre os 500 mil desempregados. Esta omissão e todo o discurso laudativo encomendado, sob a forma de avenças e recibos verdes, mostra que não se pode levar muito a sério as palavras do oráculo. Aliás, todos se lembram das previsões e das sucessivas falsas partidas de retoma durante o governo de Durão, enquanto que a dívida pública subia alegremente para 6,8%. Veja-se por exemplo o Público on line de 7 /1/2004 “O Banco de Portugal também prevê para 2004 o início da retoma económica anunciada segunda-feira por Durão Barroso no tempo de antena do PSD ...”.
Ao fim e ao cabo, é compreensível e humanamente desculpável: o cargo de governador do Banco de Portugal depende directamente do governo. Quase sempre, esquecemo-nos disso.
Ao fim e ao cabo, é compreensível e humanamente desculpável: o cargo de governador do Banco de Portugal depende directamente do governo. Quase sempre, esquecemo-nos disso.
1 Comments:
Pela prestação conseguida neste primeiro post, vejo que temos homem de fibra e sem papas na língua. Que outros artigos como este se sigam!
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