quinta-feira, junho 08, 2006

'Diógenes', de Waterhouse


Na falta de tempo (mas não de assunto) para blogar (tenho de acabar um artigo que vai mudar a minha carreira académica... NOT!), deixo este quadro do pré-rafaelita Waterhouse onde se retrata o patrono deste blogue. Salta à vista do observador mais desatento que o essencial desta pintura reside nas tensões que nela emergem: juventude/velhice, alegria/sisudez, mundaneidade/reclusão, masculinidade/feminilidade, dinamismo/estatismo, vida/morte (olhai as florzinhas!), luz/zombra, sexualidade/abstinência, etc. O gajo nem liga às apetecíveis jovenzinhas de Waterhouse (e as senhoras dos quadros de Waterhouse são-no sempre, oh se são!). As tensões sublinham, cá está, as opções de vida espartana e de recusa do filósofo.
(J. W. Waterhouse, Diógenes, 1882, óleo sobre tela, 208x135 cm, Art Gallery of New South Wales, Sydney, Austrália)