segunda-feira, outubro 09, 2006

A importância de se chamar Ernesto ou, em linguagem pós-moderna, a relevância do telemóvel de "varinha"

O nível de importância do ser humano foi evoluindo à medida que a humanidade foi progredindo ao longo dos tempos pré-históricos até aos nossos dias de telelixo e comida rápida.
Se esta (importância, relevância, entenda-se) se foi mensurando através da medida em que se premiava a capacidade de garantir os seus próprios meios de subsistência, tendo passado pelo grau aristocrático até terminar na nobreza do “bagulho”. Este processo, no fundo, representava uma evolução em termos qualitativos e darwinianos, que nós não somos capazes de censurar, longe esteja essa pretensão, e não podemos coibir-nos de exaltar.
Se é verdade que o tamanho do pénis, nos machos, foi sempre considerado uma mais valia, abençoado Freud que não nos fez esquecer tal prevalência, é indubitável que, hodiernamente, depois da pequenez do telemóvel ter representado um elevado estatuto social, não existe pessoa digna de nota que não seja possuidor dum telemóvel de "varinha”. Tal requisito é, em bom rigor, condição sine qua non para se ser apelidado de estrela do JET 7.
Porque Deus também teve de descansar ao sétimo dia, é que as qualidades não são inesgotáveis!