segunda-feira, outubro 02, 2006

'Piss Christ', de Andrés Serrano


Agora que já saiu da ribalta dos media a problemática das representações de imagens sagrados, e, mais concretamente, da figura de Maomé, sinto-me mais à-vontade para convocar para este blogue a mais impressionante cena de crucificação de Cristo que vi. Trata-se de Piss Christ, de Andrés Serrano. Com toda a honestidade asseguro que o que me agrada nesta imagem é o efeito visual que ela cria, não a sua dimensão iconoclasta (que também tem). Deslumbram-me os tons de vermelho irregularmente iluminado, que exteriorizam o sofrimento e sangue de Cristo. Maravilha-me a ilusão de o Messias emergir do lençol de sangue. A luz que corta o vermelho e incide sobre o corpo do Crucificado cria efeito interessante de ser Cristo aquele sobre quem incide a luz e não aquele que emana a luz. Fascina-me ainda a natureza difusa da imagem, assumindo que só difusamente se pode representar o sagrado.
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E, no entanto, a concepção desta peça inebriante foi o único motivo que a tornou altamente polémica. A explicação está aqui. Não a comento.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olha, se isto é arte, então prefiro ser inculta e labrega.

6:19 da tarde  
Blogger as velas ardem ate ao fim said...

Ñão vou comentar a explicação venho apenas dizer que a imagem é sublime!~bjinho

8:38 da tarde  

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