sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Ele há muros e muros

Quando foi o caso do muro de Berlim, empedramento que durou cerca de 4 décadas, o tapume era conhecido pelo epíteto de muro do opróbrio, pondo em destaque a vigilância comunista cerrada ao impedimento dos alemães de leste atingirem a liberdade. Eram os altos valores “democráticos” que clamavam contra a tampa que impedia que os ventos da liberdade bafejassem os solnascentinos alemães.
É verdade que no nosso caso o fenómeno afectava a nossa doçaria nacional, pois durante décadas as bolas tinham um muro de açúcar obrigatório. No meu caso pessoal que sou um deglutidor desse pedaço da doçaria nacional, exultei com a queda do muro.
Ora bem, no caso do muro do médio oriente, ou o projectado na fronteira norte do México, é um acontecimento completamente diferente, um verdadeiro muro do inopróbio. Neste caso, o vento da alforria não é necessário para os palestinianos e, ao que parece, também não é imprescindível para os egípcios, ou para os sírios, libaneses, jordanos, mexicanos, salvadorenhos, guatemaltecos, panamianos e será que me esqueci de alguém?
Pois bem, como dizia Napoleão, não o de Santa Helena mas o da espécie porcina, todos os muros são iguais, mas há alguns que são mais iguais que outros.