NATAL
Turvou-se de penumbra o dia cedo;
Nem o sol espertou no meu beiral!
Que longas horas de Jesus! Natal…
E o cepo a arder nas cinzas do brasedo…
E o lar da casa, os corações aos dobres,
É um painel a fogo em seu costume!
Que lindos versos bíblicos, ao lume,
P’lo doce Príncipe cristão dos pobres!
Fulvas figuras para esculpir em barro:
À luz da lenha, em rubro tom bizarro,
Sou em presépio com meus pais e irmãos.
E junto às brasas, os meus olhos postos
Nesta evangélica expressão de rostos,
Ergo em graça a Deus as minhas mãos.
Afonso Duarte (1884-1958)
Nem o sol espertou no meu beiral!
Que longas horas de Jesus! Natal…
E o cepo a arder nas cinzas do brasedo…
E o lar da casa, os corações aos dobres,
É um painel a fogo em seu costume!
Que lindos versos bíblicos, ao lume,
P’lo doce Príncipe cristão dos pobres!
Fulvas figuras para esculpir em barro:
À luz da lenha, em rubro tom bizarro,
Sou em presépio com meus pais e irmãos.
E junto às brasas, os meus olhos postos
Nesta evangélica expressão de rostos,
Ergo em graça a Deus as minhas mãos.
Afonso Duarte (1884-1958)
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