"Trabalhadores do mundo, uni-vos"
Neste Dia do Trabalhador, a frase de Marx e Engels, citada em epígrafe, volta tristemente a fazer sentido hoje. O sistema económico que os Estados ocidentais abençoam trata cada vez pior aqueles que o alimentam: o trabalho é desvalorizado, porque é perigoso e revela-se custoso dar crédito ao esforço de quem trabalha; o trabalho mais árduo é subvalorizado e mal pago porque o sistema capitalismo funciona segundo uma estrutura piramidal - quem está em baixo sustenta a ornamental cúpula; a depreciação diária do trabalhor e do trabalho é uma estratégia manhosa para recordar o primeiro que não deve aspirar a mais do que é e que o valor do seu esforço é baixo; procura-se que, na maioria dos casos, o trabalho seja um acto mecânico, árido, esvaziado das concepções de criação e partilha, que deviam ser as duas ideias de força da noção de trabalho.
As ideias comunistas de Marx e de Engels estão datadas, é certo. Não servem como roteiro social e político para os nossos dias; mas deixaram marcos no pensamento humano que não devemos perder. Neste dia 1 de Maio, recupero a ideia grande da nobilitação do trabalho e de quem trabalha. Sobretudo porque a nobreza do trabalho constitui um conceito que os Estados e o sistema económico social do ocidente se esforçam por obliterar da nossa mente.
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