DIA DA (IN)DEPENDÊNCIA
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa – os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Mensagem
No livro que, como diz, “propositadamente”, pôs à venda no dia 1 de Dezembro de 1934, o poeta Fernando Pessoa contava os “Impérios” diversamente do mensageiro poeta seu antecessor António Vieira, e entalava-se num problema: - Então Roma não era “Europa” e Império europeu ? E a medieva “Cristandade” do “sacro” Império romano-germânico; o de Carlos V ou (sem colorações “sacrais”) o napoleónico francês e o vitoriano britânico não eram europeus ? Que “Europa” seria esse Império sucessor dos outros pretéritos europeus e da “Cristandade”? …
- Respondo que só se for o da imperiosa vontade manipuladora dos bonifrates políticos que, sem escrúpulos democráticos de nenhuma espécie, nos meteram em Junho de 1985 numa “Comunidade Económica”, e usaram o claustro do mosteiro hieronimita de Santa Maria de Belém para assinar o Pacto; só se for a evoluída “União”, com a mesma espécie de uniformizados serventuários burocratas a celebrarem hoje, no mesmo sítio de Belém, a entrada em vigor do “Tratado Reformador” que assinaram a 13 e foi selado só no dia 18 de Dezembro de 2007. É a nossa sina e é um sinal.
Fizeram-no 600 anos depois de, em 1385, Nun’Álvares ter afirmado a vontade portuguesa de autonomia insubmissa ao centralismo imperialista castelhano na Península; depois de, em 1585, Mateus Álvares e o povo que o seguiu terem pago com a vida e haveres a mesma vontade de continuarmos com rei português fora do imperialismo hispano-germânico dos descendentes de Carlos V. Fazem-no no dia 1º de Dezembro, em que celebrávamos o dia da Restauração da nossa independência, como a pretenderem que esqueça e doravante outra coisa se celebre: o apagamento de toda e qualquer veleidade ou reivindicação de autonomia “nacionalista”. Nem que seja preciso fazer referendos após referendos até obter a resposta politicamente correcta (ou não fazer nenhum como entre nós, contra o que foi prometido); ou calar a justiça eventualmente devida aos alemães (civis) dos Sudetas, expulsos e espoliados e mortos no termo da 2ª Guerra.
A “Europa” que está em vias de suceder à “Cristandade” ainda está longe de ir “para onde vai toda idade”, e é de facto tão pouco europeia como tampouco era cristã a tal “Cristandade”. É e será de facto a parte euro-asiática – Ucrânia e Rússia incluídas – do tripartido Império único universal; limitará pelo norte a outra parte parceira – a China – e estender-se-á até ao estreito de Bering a tocar a terceira parte concorrente, os Estados Unidos-Canadá. Eis os três blocos com pretensões a imporem o mesmo jugo sobre os restantes povos da Terra. Se o leitor quiser ter uma noção do que será a qualidade de vida e do preço da pseudo-paz que a oligarquia gestora cobrará aos grupos sociais naturais (nações e famílias) desfeitos e aos indivíduos isolados e modificados, não tem mais que ler o 1984, de Orwell, e imaginar a síntese dele com o Brave New World, de Huxley.
Se sobreviverem aqui neste “quase cume” e “cabeça” ocidental da Eurásia alguns portugueses que não forem da bastardinha casta dos bonecreiros assinadores de “pactos” e parturejadores da Grande Prostituta no sítio de Belém, entender-me-ão se eu lhes disser que o Tejo continua a correr para o Indo; que havemos de contar à ilharga do presídio chinês com a Índia; com Moçambique e Angola motores de África; com o Brasil, sobretudo, na válida América. Tais as forças determinantes na luta pela Restauração do Portugal lusíada desaparecido e extinto na Europa em 1975-85.
O meu caro leitor, que não é da raça dos eurolandeses nascidos entre nós e que, deseducados pela escola pública destruída no pós-74, quando ouvem falar em “dia da Restauração” feriado logo salivam por mais restaurante comezaina que perpetue a borga contínua em que temos vivido, - já sabe que não valem como “profecias” nenhumas quanto ficou apontado. Estão na ordem dos factos averiguados e de públicos avisos reflectidos e repetidos. Darei conta de alguns já em próximos postais. E conte comigo apostado de alma e coração para que a lógica dos factos não seja consumada no tempo, não estando na minha mão que não se consumam no Inferno.
Para já, se o leitor não esqueceu a data por vir que ficou aqui , talvez não quererá também esquecer estas palavras do novel mensageiro Agostinho da Silva, colhidas numa entrevista publicada nos dias 31 de Maio e 1 de Junho de 1986, o ano em que na novilíngua se ouviu dizer que “entrámos na Europa”, querendo significar de facto: - que a Podridão entrou e se instalou dentro de nós.
[ O Voo de Moloch, aguarela de William Blake, feita em 1809, para o poema de Milton – Na Manhã da Natividade de Cristo. ]
Europa – os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Mensagem
No livro que, como diz, “propositadamente”, pôs à venda no dia 1 de Dezembro de 1934, o poeta Fernando Pessoa contava os “Impérios” diversamente do mensageiro poeta seu antecessor António Vieira, e entalava-se num problema: - Então Roma não era “Europa” e Império europeu ? E a medieva “Cristandade” do “sacro” Império romano-germânico; o de Carlos V ou (sem colorações “sacrais”) o napoleónico francês e o vitoriano britânico não eram europeus ? Que “Europa” seria esse Império sucessor dos outros pretéritos europeus e da “Cristandade”? …
- Respondo que só se for o da imperiosa vontade manipuladora dos bonifrates políticos que, sem escrúpulos democráticos de nenhuma espécie, nos meteram em Junho de 1985 numa “Comunidade Económica”, e usaram o claustro do mosteiro hieronimita de Santa Maria de Belém para assinar o Pacto; só se for a evoluída “União”, com a mesma espécie de uniformizados serventuários burocratas a celebrarem hoje, no mesmo sítio de Belém, a entrada em vigor do “Tratado Reformador” que assinaram a 13 e foi selado só no dia 18 de Dezembro de 2007. É a nossa sina e é um sinal.
Fizeram-no 600 anos depois de, em 1385, Nun’Álvares ter afirmado a vontade portuguesa de autonomia insubmissa ao centralismo imperialista castelhano na Península; depois de, em 1585, Mateus Álvares e o povo que o seguiu terem pago com a vida e haveres a mesma vontade de continuarmos com rei português fora do imperialismo hispano-germânico dos descendentes de Carlos V. Fazem-no no dia 1º de Dezembro, em que celebrávamos o dia da Restauração da nossa independência, como a pretenderem que esqueça e doravante outra coisa se celebre: o apagamento de toda e qualquer veleidade ou reivindicação de autonomia “nacionalista”. Nem que seja preciso fazer referendos após referendos até obter a resposta politicamente correcta (ou não fazer nenhum como entre nós, contra o que foi prometido); ou calar a justiça eventualmente devida aos alemães (civis) dos Sudetas, expulsos e espoliados e mortos no termo da 2ª Guerra.
A “Europa” que está em vias de suceder à “Cristandade” ainda está longe de ir “para onde vai toda idade”, e é de facto tão pouco europeia como tampouco era cristã a tal “Cristandade”. É e será de facto a parte euro-asiática – Ucrânia e Rússia incluídas – do tripartido Império único universal; limitará pelo norte a outra parte parceira – a China – e estender-se-á até ao estreito de Bering a tocar a terceira parte concorrente, os Estados Unidos-Canadá. Eis os três blocos com pretensões a imporem o mesmo jugo sobre os restantes povos da Terra. Se o leitor quiser ter uma noção do que será a qualidade de vida e do preço da pseudo-paz que a oligarquia gestora cobrará aos grupos sociais naturais (nações e famílias) desfeitos e aos indivíduos isolados e modificados, não tem mais que ler o 1984, de Orwell, e imaginar a síntese dele com o Brave New World, de Huxley.
Se sobreviverem aqui neste “quase cume” e “cabeça” ocidental da Eurásia alguns portugueses que não forem da bastardinha casta dos bonecreiros assinadores de “pactos” e parturejadores da Grande Prostituta no sítio de Belém, entender-me-ão se eu lhes disser que o Tejo continua a correr para o Indo; que havemos de contar à ilharga do presídio chinês com a Índia; com Moçambique e Angola motores de África; com o Brasil, sobretudo, na válida América. Tais as forças determinantes na luta pela Restauração do Portugal lusíada desaparecido e extinto na Europa em 1975-85.
O meu caro leitor, que não é da raça dos eurolandeses nascidos entre nós e que, deseducados pela escola pública destruída no pós-74, quando ouvem falar em “dia da Restauração” feriado logo salivam por mais restaurante comezaina que perpetue a borga contínua em que temos vivido, - já sabe que não valem como “profecias” nenhumas quanto ficou apontado. Estão na ordem dos factos averiguados e de públicos avisos reflectidos e repetidos. Darei conta de alguns já em próximos postais. E conte comigo apostado de alma e coração para que a lógica dos factos não seja consumada no tempo, não estando na minha mão que não se consumam no Inferno.
Para já, se o leitor não esqueceu a data por vir que ficou aqui , talvez não quererá também esquecer estas palavras do novel mensageiro Agostinho da Silva, colhidas numa entrevista publicada nos dias 31 de Maio e 1 de Junho de 1986, o ano em que na novilíngua se ouviu dizer que “entrámos na Europa”, querendo significar de facto: - que a Podridão entrou e se instalou dentro de nós.
[ O Voo de Moloch, aguarela de William Blake, feita em 1809, para o poema de Milton – Na Manhã da Natividade de Cristo. ]
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