Da violência da santa mensagem
Se Bento e Clemente assim avaliam o Alcorão, o que dirão da Bíblia? Aí, um Deus manda um pai matar um filho (Abraão e Isaac), ordena que Moisés puna com a morte os idólatras do bezerro de ouro, afoga soldados egípcios nas águas antes abertas para os judeus passarem, etc., etc. Na cena mais violenta e destrutiva de todas, Iaveh (Deus) torna-se no maior genocida da História, ao exterminar não apenas quase toda a humanidade como quase todas as inocentes espécies animais quando causa o Dilúvio. (Olha se a Quercus existisse nesse tempo?) Safaram-se uma mão cheia de seres humanos e um casalinho de cada espécie animal.
O que a avaliação de Bento XVI e D. Clemente querem ignorar é que tanto a Bíblia como o Alcorão (e podíamos juntar a estas obras o Mahabarata, os Upanishad, etc.) são textos religiosos seminais, histórias de criação e de destruição, textos míticos que lançam exemplos, modelos e explicações religiosas. Nada disto existe, tudo isto é triste, tudo isto é metáfora.
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